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Parque Realengo Verde ou 100% Verde: mais de uma década de discussão e atraso
Algumas lideranças comunitárias, políticas; cabos eleitorais e ativistas ambientais de Realengo, apoiados por políticos que também defendem a qualquer preço as causas ambientais, estão conseguindo impedir a execução do Projeto Parque Realengo Verde.
O mesmo visa recuperar uma área abandonada de 150 mil m2, de propriedade do Exército Brasileiro, localizada na confluência das ruas Prof Carlos Wenceslau, Gal. Sezefredo, Pedro Gomes e Gal. Raposo, e foi desenvolvido pela prefeitura com o propósito de atender os interesses da população, do poder público e da Fundação Habitacional do Exército, entretanto, os que são contra a aprovação do projeto querem um parque 100% verde, e dessa forma, estão impedindo a quase dez anos, que a população usufrua de novas oportunidades previstas no projeto apresentado pela prefeitura. Eles defendem que a área seja doada pelo exército e 100% destinada a um parque ambiental, o que a proprietária da área não concorda.
O projeto da prefeitura prevê que a proprietária da área construa edifícios residenciais em 50% da área; que preserve 90% da massa arbórea original, que instale um polo gastronômico, praças de integração, cultura, museu, teatro, biblioteca, comercio local, área de lazer, quadras poliesportiva, campo de futebol, área para cultura e artesanato, e tem sido bombardeado na Câmara dos vereadores pelos opositores.
A população local já não aguenta mais essa situação e está reclamando uma solução imediata, igual a que foi dada esse mês para os moradores da Gávea, que viram o prefeito sancionar a lei que criou do Parque Sustentável da Gávea, bastante parecida com a que cria o Parque Realengo Verde, em menos de 3 anos de discussão.
“Podemos afirmar que quem começou essa discussão na vida adulta, após mais de uma década de discussão, corre o risco de morrer e não vê a solução do caso. Se houvesse acordo, seus filhos e os dos seus vizinhos já poderiam estar se beneficiando do projeto”, disse o morador João Guilherme.
Para José Carlos, também morador, um pequeno número de ativistas políticos defensores do meio ambiente, que não representam a opinião da sociedade local pela pouca representatividade que tem – as audiências públicas que discutem a questão reúnem pouco mais de 100 pessoas, entre militantes políticos, lideranças locais e políticos oportunistas – , discutem e impedem a aprovação da construção do Parque Realengo Verde em nome de quase 400 mil moradores que não conhecem o projeto nem o debate.